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Anjos no Meu Cabelo

Pois muito bem, querido leitor!!!Bem-vindo — antes tarde do que nunca — ao nosso melhor modo de ser em 2020!!!!

Esse entusiasmo todo não é para fazê-lo fechar imediatamente a página e ir procurar ler outra coisa mais condizente com o momento atual….mas é um caloroso acolhimento à trajetória de nós todos e de nossas almas até esse período desafiador da história da humanidade, do qual escolhemos participar. A prova é que estamos aqui, eu e você, novamente.

Entramos em quarentena aqui na Califórnia no começo de março já com o lock down, porque o governo deste estado não brinca em serviço. No dia 10 de março, exatamente o dia do aniversário da minha filha, já havia policiamento nas ruas aqui de Santa Cruz e todos os estabelecimentos já estavam fechados. Pedestres estavam impedidos (por força policial) de saírem de casa, a não ser para ir a farmácias, consultas médicas, supermercados e praticar esportes ao ar livre.

O que fazer nessa situação? Ahá…haja resposta, não é mesmo? E todas as opções são válidas, porque são nossas, de cada um, caro leitor, e por isso, legítimas.

No meu caso, o lock down californiano me pegou em meio a uma aventura que já durava 4 meses, com a meditação diária de longa duração, algo como uma hora e meia em meditação pela manhã, mais meia hora à tarde, e meia hora de meditação à noite, quando não dormia no meio.

Com essa longa aventura meditativa, fui aprendendo a ir despregando, dia a pós dia, o meu corpo (e minha mente incorporada) da ansiedade, enquanto já praticava o completo distanciamente das mídias sociais (sim…radical total, não é mesmo?Para mim, é sempre necessário esse distanciamento. ). Então, o impacto do lock down me pegou bem mansa, meio que flutuando em dias tranquilos.

Muito bem, eis-me pacata no caos do mundo. Escolas fechadas, vida social (real) interceptada, praias interditadas, minhas amadas filhas em casa (melhor coisa da vida)….e agora, o que fazer, além de meditar?

Ler. E muito. E ler tudo o que sempre quis ler. E ler livros mesmo, de verdade, de papel cheiroso. E fazer cursos pela internet, porque quarentena serve maravilhosamente bem para isso também.

Minha mesa de cabeceira e sua atual biblioteca ativa. Já esteve maior….e vai ficar de novo, pois tem mais livros chegando.

Não é sobre Anjos, esse post?

Pois sim! Foi nessa aventura de leitura que me deparei com a obra de Lorna Byrne e redescobri meu amor profundo pelos Anjos. Tenho algumas histórias maravilhosamente incríveis que aconteceram comigo e com os Anjos, que vou deixar para contar em outros posts, combinado?

Porém, o que eu quero lhe trazer aqui hoje, amado leitor, é um testemunho amoroso para oferecer conforto e encanto para a sua e para as nossas vidas, enquanto coletividade: os Anjos são reais e estão presentes diariamente aqui conosco. A gente tem só que sossegar um pouquinho a mente e coração para conseguir travar uma conversa com eles, porque você sabe né…voz de anjo é diferente. Ela fala dentro da nossa cabeça, com a leveza de bolha de sabão e beijinho de borboleta. E um detalhe que é importante mencionar é que os Anjos não estão atrelados a nenhuma religião, assim como a existência das nossas almas.

Uma das histórias mais lindas que li sobre Anjos narra a visão deles sobre a importância do amor que necessitamos ter por nós mesmos.

Lorna Byrne só escreve sobre Anjos, porque ela os vê desde bebezinha. São os próprios Anjos que ditam os livros que ela “escreve” entre aspas, porque ela conta com a ajuda de um decodificador de voz para produzir os textos, já que Lorna tem dislexia e não conseguiu aprender a ler quando criança.

Os Anjos nos contam, através de Lorna, que todos nós temos um Anjo da Guarda, posto que temos, cada um de nós, uma alma. Eles explicam que toda alma, quando encarna, vem com um “guardião”, que faz parte do sistema encarnatório da alma no corpo. Funciona mais ou menos assim: esse sistema de projeção holográfica que ganhamos quando o nosso espírito individualmente encarna neste planeta, conta com uma alma (consciência individualizada), que sobreexcede o corpo, abarcando a sua contraparte-guia, que é o Anjo da Guarda. E eu nunca tinha me atinado que o nosso Anjo da Guarda pessoal é parte inerente desse sistema encarnatório e seu mecanismo holográfico!

Simplificando, o Anjo da Guarda é parte da nossa alma encarnada na Terra. Se temos, cada um de nós, uma alma, temos, cada um de nós, um Anjo da Guarda, porque ele faz conjunto com a alma, vem no “pacote terreno”.

Anjos, por Deborah King: Heal Your Life.

O Amor-Próprio

Segundo Lorna, Deus criou uma conexão direta entre as nossas almas e o amor, como forma de expansão da nossa humanidade. Porém, se não temos amor por nós mesmos, o amor que sentimos pelos outros fica dissolvido e enfraquecido.

Quando bebês, somos o mais puro amor. Temos um profundo amor por nós mesmos que brilha reluzente e sabemos que somos perfeitos, adoráveis e únicos. Lorna conta que esse sentimento de amor e perfeição vai se desvanescendo, com o passar do tempo, e aos 10 anos de vida, a criança já trancou em si mesma boa parte desse amor puro, por medo de se magoar.

Porém, se deixássemos o amor fluir puro, como fazíamos quando éramos bebês, viveríamos em mundo absolutamente diferente: teríamos uma auto-confiança imbatível e certeza dos nossos dons individuais.

Ter um amor-próprio bem desenvolvido não é o mesmo que sermos egoístas, achando-nos a última bolacha do pacote ou termos extrema vaidade, mas é simplesmente amar e valorizar quem nós somos. Ninguém nessa Terra está isento de falhas — somos humanos —porém quando amamos genuinamente nossas imperfeições e idiossincrasias, nos tornamos capazes de nos concentrar mais naquilo que mais apreciamos, nos nossos pontos fortes, ao invés de nos preocuparmos com nossos defeitos ou com as coisas que não fazemos muito bem. Seríamos pessoas menos críticas a nosso respeito e a respeito dos outros e não haveria tantos sentimentos de inveja, egoísmo e ganância a invadir os corações. Em suma, seríamos certamente mais alegres, vivendo vidas mais simples.

Muitas vezes, as crianças perdem seu brilho original e trancam o seu amor reluzente dentro de si mesmas pelos motivos mais banais. Lorna conta uma das vezes que presenciou tal fenômeno, quando estava com seu filhinho Christopher com então 8 anos em uma festa de aniversário de um amiguinho da vizinhança. A mãe do aniversariante tinha organizado vários jogos com prendas para entreter as crianças.

Um dos menininhos foi o vencedor em um dos jogos e ganhou um prêmio. Lorna conta que os Anjos do local circundaram o menininho, que estava reluzente de amor enquanto enfiava sua maõzinha no cesto dos prêmios para escolher o dele e desembrulhá-lo, rapido. Porém, o prêmio que ele escolheu veio quebrado e ele ficou tão desacorçoado, que deu um suspiro longo e triste. Lorna viu que imediatamente todo aquele brilho reluzente do amor original do menininho desvanesceu e ele trancou o amor dentro do coraçãozinho dele.

Lorna descreve o que acontece: é como se tivesse se formado uma faixa prateada que envolvesse o corpo da criança na altura do coração, transparente como uma película de gelo endurecida.

Um Anjo que lá estava a ajudá-lo aproximou-se e tocou a película de gelo, desejando prevenir que o menininho trancasse dentro de si uma parte grande demais do amor reluzente que tinha minutos antes….mas o amor já tinha se desvanecido.

Lorna, que assistia toda a cena, foi até seu filho e lhe pediu que ele dividisse o prêmio que tinha ganhado com o menininho e ele concordou. Porém, já era tarde demais: o menino já tinha recolhido uma parte bem significativa do seu amor-próprio, como se tivesse o trancado em um cofre inviolável, para evitar completamente outra possibilidade de se decepcionar e se magoar tanto e de forma inesperada.

Em suma, são coisinhas tão pequenas e que podem magoar tanto….certamente temos nossas próprias histórias de decepções profundas de quando éramos crianças e mesmo já adultos.

O fato é que enquanto pais e mães, nós fazemos o máximo para proteger os nossos filhos das chapuletadas da vida, mas….não conseguimos, obviamente. As crianças vêm ao mundo para viver as suas escolhas completamente, em seus altos e baixos.

Segundo Lorna, a maioria das pessoas — cerca de 9 em cada 10 — por volta de seus dez anos de idade, trancafiaram dentro de si já grande parte de seu amor-próprio e amor pelos outros.

No entanto, esse amor retido nunca desaparece, pois o amor jamais pode ser destruído ou mesmo, diminuído. Ele pode ser retido e trancado, mas cada um tem a chance e a escolha de deixá-lo fluir novamente.

Aprendendo a Nos Amarmos Outra Vez…

Os Anjos podem nos ajudar a termos uma maior consciência do amor que já trancamos dentro de nós mesmos durante a nossa vida.

Segundo nos conta Lorna, o nosso Anjo da Guarda nos ama profunda e incondicionalmente e nunca jamais é capaz de nos julgar bem ou mal pelas escolhas de sofrimento que fazemos. Anjos são como o nosso coração….que dói quando fazemos alguma coisa que não seja amar, na melhor das nossas possibilidades….mas regozijam-se quando simplesmente somos!

Lorna diz que podemos pedir ao nosso Anjo da Guarda para conseguirmos ver a nós mesmos com os olhos dele, do nosso Anjo pessoal….especialmente quando estamos nos sentindo mal, por estarmos nos julgando ferinamente, podemos pedir ajuda ao nosso Anjo, para que ele nos mostre aos olhos dele, ou seja, da forma como cada um dos nossos Anjos pessoais nos vê…

Quando pensamos coisas boas a nosso respeito, conseguimos libertar o amor retido dentro de nós ao longo dos anos de decepções, e esse amor liberto nos inunda, tornando-nos mais amorosos e auto-confiantes, exatamente o oposto de quando temos pensamentos ruins!

Os anjos nos concebem como sendo seres de extrema beleza física, muito embora tantos de nós acabemos por trancafiar o amor dentro de nós, por nos acharmos imperfeitos, com aparência feia ou detestando partes dos nossos corpos físicos. Quando odiamos nossos corpos físicos, nossas pernas, cabelos, ou pele, o ato de nos concentrarmos nessas partes que detestamos nos previne de vermos a beleza única em nós mesmos.

Há muitas formas maravilhosas de libertar o amor que temos bloqueado dentro de nós: podemos começar por olharmos para nós mesmos de forma diferente, começando a relaxar a nossa visão limitada para ir percebendo a nossa beleza real.

Como? É simples. Podemos ficar em pé, diante do espelho, olhando para nós, sem os “filtros”dos rótulos que previamente nos colocamos (geralmente, por comparações com os outros ….) e começamos a procurar perceber o nosso corpo e rosto, as partes das quais gostamos e aquelas que não gostamos tanto…passando a aceitar calmamente e reconhecer que cada parte do nosso corpo é única e bela! Podemos então agradecer à Divina Inteligência por termos esse corpo tão bom e maravilhoso!

Podemos também pedir ajuda ao nosso Anjo pessoal para fazer esse exercício, e com a prática, vamos mudando até o nosso aspecto físico, pois o amor-próprio faz verdadeiros milagres, até transmutar até a nossa aparência física para um ser lindo que exala amor….

Finalizando…ufa, né?

Quando adquirimos maior prática nesse exercício de auto-apreciação diária, podemos incluir nessa auto-análise os aspectos do passado pelos quais ainda sofremos, por não aceitá-los, e que estão, na realidade, ainda prevenindo-nos de nos amarmos de forma completa e integral.

Lorna afirma que o passado não pode ser modificado, mas podemos sim mudar o nosso futuro ao reconhecermos esses acontecimentos, escolhendo, a partir dessa nova análise, libertar a dor que tais eventos tenham nos causado. Essa libertação pode ser feita de várias formas: podemos conversar com alguém em quem confiamos e contar-lhe sobre a nossa visão do acontecido….pode ser inclusive um terapeuta, mas não necessariamente; ou podemos conversar conosco mesmo e fazer o “trabalho” (The Work) ensinado pela Byron Katie (clique aqui para saber mais. Em breve teremos um post só sobre isso, pois tenho praticado muito The Work :)); podemos escrever uma carta para nós ou para alguém em especial, contando sobre o assunto, buscando alcançar um novo olhar que liberte o sofrimento original….

O importante, ao fazermos quaisquer dessas práticas, é reconhecermos a dor e abraçarmos esse sofrimento que nos fez trancar o nosso auto-amor dentro de nós, por pura proteção.

Enfim, esse é um processo que requer várias repetições, até que consigamoss libertar totalmente a dor e o sofrimento que acumulamos durante toda a nossa vida. Com o progresso da prática, pode acontecer de começarmos a ter lembrança de acontecimentos muito antigos, que nunca nem imaginamos que nos magoariam tanto…e a cada vez que fizermos a prática do auto-amor, mais amor vamos libertando para nós mesmos.

E claro, como não incluir a prece em todo o processo?

Existe um ciclo de positividade ascendente imbatível, quando aliciamos a prece com o exercício do auto-amor.

Lorna diz que quando rezamos, pedimos por nós próprios, por alguém ou simplesmente, estamos agradecendo, e essa prática em si já encerra tamanho amor que já liberta a nossa dor e mais amor-próprio ainda. Quanto mais amor libertamos, mais puras e perfeitas se tornam as nossas preces, pois nos tornamos cada vez mais aptos a rezar com maior compaixão e gratidão.

Espero que você tenha gostado desse post comprido de boas-vindas, querido leitor.

Em breve retorno com mais novidades em tempos de caos….

Um abraço saudoso e até breve!

Ah! PS* Escrevi nesse post a palavra “anjo”com “A” maiúsculo porque acho que combina mais com eles, que são bem ALTOS, como um “A” maiúsculo….desapontei a ortografia, mas amei mais ainda meus Anjos com essa homenagem.

Inté!

Flávia Criss.

Santa Cruz, CA – Junho de 2020.

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